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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Texto Verbal - 3 A Rosa de Hiroshima

Texto verbal - 3

Poesia


A Rosa de Hiroshima

Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas, oh, não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa, sem nada

Vinícios de Moraes. In: Ítalo Moriconi (Org.) Os cem melhores poemas brasileiros do século – Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. p. 147

           
Atividade de apoio ao Estudo do texto – 3

- A leitura do texto A Rosa de Hiroshima.

Esse texto é um poema de cunho social do poeta brasileiro Vinicius de Moraes, (1913-1980) que, abordada numa linguagem de requinte, as consequências dramáticas e horríveis provocadas pela explosão da bomba atômica lançada pelo EUA sobre a cidade japonesa de Hiroshima e Nagasaki, em 1945, durante a segunda Guerra Mundial, e a bomba causou a morte de mais de 260 mil pessoas como também seqüelas em todos que sofreram contato com a radioatividade. A leitura do poema é feita com os alunos com esse novo olhar. Quanto ao gênero da poesia é observado que a metáfora estabelece posição de igualdade com a omissão da partícula comparativa, que no caso a palavra bomba não é a explícita no poema, porém sua idéia é totalmente transferida para o substantivo rosa na expressão desde o início, no título “rosa de Hiroshima”. Contudo, há uma oposição na metáfora que envolve a palavra “rosa” que é associada à beleza da flor na própria natureza; por outro lado, a bomba é referente à violência, destruição, guerra, morte. Essa fala, deve ser comentada com os alunos com o objetivo de transmitir um sentido mais amplo ao interlocutor.

Essa atividade propicia, também, um aprimoramento de habilidades de leitura e escrita, ao mesmo tempo em que leva o aluno a refletir sobre problemas do Brasil e do mundo, tais como: desigualdades sociais, fome, desemprego, relação ser humano x meio ambiente, ser humano x ser humano etc. Essa leitura de texto, de mundo, tem a finalidade de chamar a atenção dos alunos para temas atuais, motivando-os a pensar em soluções para salvaguardar o presente e o futuro do planeta e do ser humano.
Para isso, a importância de fazer os alunos observarem a intencionalidade do autor ao fazer uso do tema que envolve interesses culturais e propicia formas distintas de interpretar um fato e questioná-lo. Destacar ao aluno que a tolerância e o diálogo são os melhores meios de se resolver os desentendimentos entre as pessoas e entre as nações.
Numa leitura crítica do texto com os alunos, vale utilizar outras vozes, que são incorporadas ao texto, declarações e informações de diversos autores, para sustentar e dar força à fala do autor, na poesia A Rosa de Hiroshima, que é definida ao abordar situações relacionadas à organização da sociedade, sobre as quais o poeta, em geral, procura expor seu ponto de vista: indignação, revolta, tristeza etc. E, quanto a isso, o leitor competente lê procurando sentidos, emoções, intenções, ditos e pressupostos.

Atividades de Estudo – 4

- Fazer leitura do texto juntamente com os alunos;
- Pesquisar sobre o tema em sites educativos na internet;
- Selecionar outros textos e imagens referentes a esse tema;
- Análise dessa realidade contada em versos por Vinícius de Moraes no século passado, sobre a guerra, a bomba atômica e seus horrores.
- Questionar se essa realidade ainda é atual, se está presente nos dias de hoje. O que mudou ou não nesse novo milênio?
- Que situações atuais ocorreram no Japão, semelhantes a essa do poema de Vinícius de Moraes? (Comente, citando exemplo recente de radiação).
- Que males a radiação pode causar às pessoas e ao meio ambiente?
- Aparelhos como o celular, microondas etc. transmitem radiação.
 Pesquise e comente sobre isso.


INTERDISCIPLINARIDADE
A interdisciplinaridade será realizada com a disciplina de História, pois a poesia A Rosa de Hiroshima se refere à segunda Guerra Mundial, que é conteúdo dessa disciplina



Uma breve reflexão -  Texto não verbal

“A escrita apresenta elementos significativos próprios, ausentes da fala, tais como o tamanho e tipo de letras, cores e formatos, elementos pictóricos que operam como gestos, mímica é graficamente representados” (MARCUSCHI, 2005, p. 17).
Considerando as peculiaridades do texto não verbal, o ato de ler corresponde a uma interação entre autor/obra/leitor. A leitura é compreendida como um ato dialógico, como afirma Bakhtin (1992), que envolve demandas sociais, políticas, históricas, econômicas, pedagógicas, pessoais, ideológicas de um determinado tempo. Ao ler o texto verbal e o não verbal, a pessoa resgata de sua memória, suas experiências, os seus conhecimentos acumulados sobre a família, religião, cultura, enfim todas as vezes que o constitui, para ler, compreender tal texto.

 Nesse sentido, Oliveira (2009) afirma que: “[...] aluno em sala não pode ser tratado como leitor comum. Este já se habituou à recepção informativa dos meios de comunicação. Ainda, para Oliveira (2009), a história do LD de Língua portuguesa nos mostra que só há pouco mais de duas décadas os gêneros da imprensa passam a fazer parte dos manuais didáticos, antes formados por verdadeiras antologias de textos literários. As notícias reportagens editoriais,artigos de opinião, entrevistas, charges etc são alguns dos gêneros jornalísticos que começas a freqüentar a sala de aula a partir do livro didático, das apostilas, dos próprios jornais e revistas levados por professores, não só de Língua Portuguesa, como também de outras disciplinas. Contudo, hoje essa presença é notória, legitimada por documentos, como os PCN, e por estudiosos e professores que sinalizam para a necessidade do tratamento da diversidade de textos em sala de aula. Daí, vendo a linguagem como  algo concreto, fruto da interação entre os sujeitos em sociedade, não só inspirou pesquisadores e professores preocupados com o ensino da Língua Portuguesa, como também vem se solidificando com uma nova de encarar o texto na escola, no trabalho com a leitura, escrita e análise lingüística. Mesmo assim, fazemos ressalvas quanto a abordagem dos gêneros principalmente a partir da concepção bakhtiniana de linguagem e gêneros discursivos, que trata os enunciados não apenas nos seus aspectos verbais, mas leva em consideração todo processo de produção, circulação e recepção, nos diversos campos da linguagem. É  certo que grande parte do repertório dos gêneros utilizados      pela  escola vem do campo jornalístico que, atende as necessidades do meio em que circulam, (re)produzindo discursos dos diferentes momentos sócio-históricos e ideológicos. Contudo, uma transposição didática de textos que circulam socialmente requer reparos dos vários sujeitos que compõem o sistema de ensino. 

Um comentário:

  1. A bomba de Hiroshima é uma arma explosiva cuja energia deriva de uma reação nuclear e tem um poder destruitivo imenso dependendo da potência uma única bomba é capaz de destruir uma cidade inteira.Bombas atômicas só foram usadas duas vezes em guerra,ambas pelos EUA contra o JAPÃO, mas cidades de Hiroshima e nagasaki,durante a segunda guerra mundial.
    No intanto,elas já foram usadas centenas de vezes em teste nuclear por vários países.Eas radiações de celulares e migroondas são perigosos.Dá-se o nome genérico de radiação e á energia emitída pelo núcleo.

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